sexta-feira, abril 15, 2011

Poesia rosas do vento, tragédia Realengo.


Estimadas Poetisas Conceição Maria e Andréa Motta,

C/c Revista Pegadas; Jornal Testemunho da Fé – Pe Leandro Cury; Pe Antonio Jose; Radio Catedral

Bom dia! Hoje um dia de luto – 7º dia do padecimento destes 12 anjos e de um jovem com grave surto psicótico de um quadro de distúrbio mental (provável esquizofrenia) que cruelmente executou um ardiloso plano de “vingança” contra a sociedade, que vitimou crianças inocentes e a si próprio.

Hoje tivemos notícias no jornal O Globo, por testemunhas de que este rapaz foi vítima de Bullying quando era estudante, com atitudes covardes praticadas por alunos que vão a escola não para aprenderem, mas para humilharem, assacarem contra a honra e a dignidade de seus próprios colegas.

Há que se desarmar espíritos, não apenas as armas físicas. A escola é o segundo lar de qualquer indivíduo, diretores, professores, pais e alunos devem discutir de forma profunda e exaustiva, esclarecer, conscientizar e reprimir/coibir toda forma de violência física, mental ou espiritual praticada contra os jovens.

Decerto, isto não justifica um ato desta crueldade, de forma alguma, não se deve pagar com a mesma ou outra moeda os males que porventura nos causem.

Mas, é preciso que nós estejamos atentos e prontos a uma cruzada pela respeito à dignidade e proteção da vida humana, é inadmissível qualquer forma de tortura física ou mental praticada por quem quer que seja em qualquer idade.

É necessário resgatar os valores cristãos do amor da família, do papel de acolhimento dos educadores e da prática da solidariedade como uma fonte inesgotável de renovação do ser humano, especialmente para aqueles mais vulneráveis às pressões sociais e exclusões de nosso tempo. O exercício de um convívio que respeite as diferenças, que se aproxime e acolha quem se sente afastado do grupo, que tenha compaixão e amor ao próximo é fundamental.

A competitividade levada ao extremo faz com que nos tornemos gladiadores das antigas arenas romanas. A guerra e as lutas são outras - pela vida, pelo desenvolvimento espiritual e pela própria sobrevivência da espécie humana. Não se pode banalizar ao ponto que estamos chegando, a grande dádiva da vida. A criação é uma obra magnífica que precisa alimentar-se da fonte do amor e não da raiva, da repulsa, do ódio.

Infelizmente, somente com fatos desta gravidade despertamos do longo sono da ausência, da leniência, da permissividade e da impunidade que marca, de forma indelével, o tecido social, aquelas balas também nos atingiram – a todos – embora estejamos aqui vivos, lamentando, nos indignando, perplexos e impotentes; estado e sociedade, pais e filhos, professores e alunos, políticos e juristas etc.

Até quando assistiremos outros ataques de fúria como em Columbine (EUA) e em Realengo???

Agradeço o carinho e autorizo que divulguem este manifesto e os poemas “Rosas de Realengo” e os poemas-reflexão que havia escrito nos dias que se seguiram a esta tragédia que poderia ter sido evitada:

A tragédia de Realengo: A morte de crianças inocentes e


Para (por) onde caminha a nossa juventude?


Abraço fraterno.

Aj Araujo, o poeta humanista.

colaboração desta poesia Negra Poetisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário